Em 2024, país registrou 1.492 vítimas de feminicídio e 3.870, de tentativa; algumas delas tinham medida de proteção ativas, destaca novo Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
A violência doméstica contra mulheres continua sendo um dos maiores problemas sociais no Brasil. Grande parte dos casos acontece dentro de casa e é praticada por maridos, companheiros ou ex-parceiros, refletindo um padrão cultural de machismo e desigualdade de gênero.
Por que a violência doméstica ainda ocorre?
Mesmo com avanços legais, como a Lei Maria da Penha e a tipificação do feminicídio, a violência persiste. Isso acontece porque:
O Brasil ainda mantém uma cultura patriarcal, que normaliza o controle masculino sobre a mulher.
Muitas vítimas enfrentam dependência emocional e financeira, o que dificulta a denúncia e o rompimento do ciclo de violência.
O início da violência, muitas vezes psicológica, pode evoluir para agressões físicas e, nos casos mais extremos, para o assassinato.
O dado alarmante: 4 mulheres assassinadas por dia
De acordo com pesquisas, quatro mulheres são mortas diariamente no Brasil, quase sempre em situações de feminicídio. Esses crimes geralmente acontecem em ambiente doméstico, por pessoas que deveriam proteger, mas se tornam agressores.
Por que as medidas protetivas não funcionam totalmente?
Embora a Justiça conceda medidas protetivas de urgência, como a proibição de aproximação do agressor, elas ainda falham porque:
Não há fiscalização suficiente para garantir o cumprimento.
O sistema de justiça é lento e burocrático.
Muitas cidades não possuem rede de apoio estruturada com casas-abrigo, atendimento psicológico e suporte financeiro.
O que precisa mudar?
Para reduzir a violência contra mulheres, é essencial:
Fortalecer políticas públicas de proteção e acolhimento.
Criar programas de autonomia econômica para vítimas.
Investir em educação de gênero e campanhas de conscientização.
Garantir maior agilidade na aplicação da lei.
